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Violência psicológica: reconhecendo e combatendo o abuso invisível

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Na luta contra a violência, muitas vezes nos concentramos nos sinais físicos evidentes, como hematomas ou ferimentos visíveis. No entanto, há uma forma de abuso que é igualmente prejudicial, porém mais sutil e muitas vezes negligenciada: a violência psicológica. Esse tipo de abuso pode deixar cicatrizes profundas na mente e na alma das vítimas, muitas vezes passando despercebido aos olhos da sociedade. Reconhecer e combater a violência psicológica é essencial para proteger o bem-estar mental e emocional das pessoas.

A violência psicológica se manifesta de diversas formas, incluindo manipulação emocional, humilhação, isolamento social, chantagem, ameaças, entre outros comportamentos que visam minar a autoestima e o senso de identidade da vítima. Ao contrário das agressões físicas, que deixam marcas visíveis, as cicatrizes da violência psicológica são internas, mas não menos dolorosas. Elas podem se manifestar como ansiedade, depressão, baixa autoestima, transtorno de estresse pós-traumático e até mesmo levar a pensamentos suicidas.

Um dos aspectos mais insidiosos da violência psicológica é que muitas vezes ocorre em relacionamentos com seus parceiros, onde a confiança e a intimidade deveriam prevalecer. Parceiros abusivos podem usar táticas manipuladoras para controlar e dominar o outro, minando sua autoconfiança e independência. Isso pode incluir desde críticas constantes até a criação de um ambiente de constante medo e ansiedade. O abuso psicológico também pode ocorrer em ambientes familiares, profissionais e até mesmo entre amigos.

O primeiro passo para combater a violência psicológica é reconhecer seus sinais. Isso inclui estar atento a mudanças no comportamento da pessoa, como isolamento, irritabilidade excessiva, falta de interesse em atividades que costumavam trazer prazer e sentimentos de desesperança. Além disso, é importante prestar atenção às interações entre as pessoas, especialmente aquelas que parecem desequilibradas ou controladoras.

Uma vez reconhecida, a violência psicológica exige uma resposta proativa. Isso pode incluir buscar apoio de amigos, familiares, conselheiros ou terapeutas, que podem oferecer um espaço seguro para discutir a situação e oferecer orientação e apoio emocional. Em casos mais graves, pode ser necessário buscar ajuda legal ou recorrer a serviços de apoio a vítimas de violência doméstica.

Além disso, é fundamental promover a conscientização sobre a violência psicológica e educar as pessoas sobre seus efeitos prejudiciais. Isso pode incluir campanhas de conscientização, treinamento para profissionais de saúde e assistência social e inclusão do tema nos currículos escolares. Quanto mais as pessoas estiverem informadas sobre a violência psicológica e suas consequências, mais capazes estarão de reconhecê-la e combatê-la.

Em última análise, combater a violência psicológica requer uma abordagem multifacetada que envolva toda a sociedade. É preciso criar uma cultura de respeito, empatia e apoio mútuo, onde o abuso de qualquer forma seja rejeitado e as vítimas sejam apoiadas e protegidas. Somente assim poderemos criar um mundo onde todos possam viver livres do medo e da opressão, e onde a dignidade e o bem-estar de cada indivíduo sejam respeitados e valorizados.

Autora: Giovanna Maria Liberali 

QUEM SOMOS

O Numape é um projeto de extensão da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Marechal Cândido Rondon. Faz parte da Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), do Governo do Estado do Paraná.

O Numape promove o acolhimento jurídico de forma gratuita e sigilosa, assegurando a tutela de seus direitos e a desvinculação do agressor para mulheres em situação de violência doméstica dos municípios de Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, Nova Santa Rosa e Mercedes.

Em atuação desde 2019, o Numape realizou centenas de atendimentos jurídicos. O atendimento é realizado com uma escuta atenciosa e qualificada e todas as orientações cabíveis para cada caso são repassadas, sempre preservando a autonomia de decisão da mulher para dar seguimento nas fases processuais, que se desdobram geralmente em medidas protetivas de urgência, divórcio, dissolução de união estável, pensão e guarda dos/as filhos/as, entre outras ações. Além disso, promoveu dezenas de ações socioeducativas na comunidade em geral, alcançando inúmeras pessoas de diferentes faixas etárias e grupos sociais.

Entre em contato para saber mais sobre o serviço. O atendimento pode ser realizado pelo telefone celular e WhatsApp: (45) 99841-0892. Nos encontre também nas redes sociais. Estamos aqui por você. Até a próxima coluna!

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